terça-feira, 23 de abril de 2013
AMEI ESSA CRÔNICA
Nossa, adorei essa crônica de Fernanda Pompeu: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mente-aberta/copie-voc%C3%AA-mesmo-112625191.html
Começo esta crônica para o Mente Aberta citando o mestre Paulo Leminski (1944-1989): "Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além." Cito, pois assino embaixo das palavras iluminadas do poeta curitibano.
Nesta vida podem nos tirar tudo. Casa, amor, emprego, carro, rim. Podem cassar nosso prestígio, poder, conta bancária, número do CPF. O único bem que ninguém é capaz de nos subtrair somos nós mesmos. Melhorando a redação: o nosso jeito de ser não pode ser roubado.
Somos como somos. É claro que estamos em trânsito e transformação constantes. Acredito que durante o percurso da existência, com seus trajetos retos e becos sinuosos, encontramos várias oportunidades de crescer. Sempre podemos melhorar nossa relação com os outros, e com nós mesmos.
Mas temos algo essencial - que não dá para mexer - a nossa natureza. O nosso jeitão de estar no mundo e interagir com as coisas tangíveis e intangíveis. Aliás, o jeito de ser é a contribuição ao milagre da diversidade. O que faz a riqueza do mundo é o qual de cada qual.
Conto minha experiência. Toda vez que tentei me desviar do que verdadeiramente sou, deu errado. Soou artificial, formal, sem espontaneidade. Por exemplo, não dou a mínima para o vestuário. Uso a mesma roupa para ir ao mercado e a uma reunião de trabalho.
Gente amiga já me alertou: Você pode ser malvista por estar malvestida. Isso pode te prejudicar na vida profissional e até na vida amorosa. Dou razão a esse pensamento. Mas o fato é que toda vez que me visto para uma ocasião, não me sinto à vontade.
Mais forte ainda. Eu - de sapato alto, blazer e bolsa feminina - pareço que não sou eu. Entre o fingir ser e o ser, fico comigo mesma. Prefiro minhas calças largas e a coleção de camisetas básicas. Talvez seja um crime de lesa-moda.
Manter-se fiel a si mesmo, mais do que um compromisso, é um prazer. Satisfação de não se dobrar às ditaduras de estilo e comportamento. Desafiar o rolo compressor do jeito único. Única sou eu. Único é você sendo você mesmo!
Puxa vida, eu também sou assim, tenho esse jeitão e não consigo mudar...
Beijos,
MJ
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